Sempre que necessário haverá boas pitadas de denúncias e inconformismos, estimulantes para a construção de soluções ou de alternativas para o mal-estar que causam as injustiças sociais, econômicas e tantas outras expressões de agressões amargas e indigeríveis pelo povo negro. Não só por ele, mas por todos aqueles que saboreiam a solidariedade e se refastelam com a cultura de paz, independentemente da origem ou da cor da pele.
Não é a quantidade (mais ou menos) de melanina que nos torna bons ou maus cozinheiros. As atitudes fazem a diferença quando desejamos fartura para todos.
Além disso, o menu será aberto para incorporar contribuições, por meio de artigos, poesias, histórias e experiências pessoais, que sejam inspiradoras para o conjunto dos povos tradicionais. Aliás, compartilhar experiências positivas pode ser — e por que não? — um Prato do Dia, para servir a todos e inspirar nova receita e, assim, expandir o nosso cardápio de temas para um bom degustar.
Um detalhe importante: a nossa cozinha respeita a circularidade — uma tradição dos povos negros —, que nos permite sempre enxergar o outro e perceber a sua beleza e encanto. Ainda que estejamos em posições diferentes, estaremos de mãos dadas e unidos para propagar nossos quitutes históricos e contemporâneos por todos os quatro cantos, e, dessa forma, criar uma rede por mais equidade social e econômica, com os sabores da comida de verdade.
Os ganhos econômicos, resultado de ações comerciais da organização das unidades territoriais tradicionais (UTTs), em todo o país, devem ser tratados como matéria jornalística, factual, e estar na primeira página do site. É reportagem que deve ser tratada pelo seu aspecto socioeconômico.
Os protagonistas desses ganhos podem ser, para a coluna Prato do Dia, entrevistados para que contem a sua trajetória, sua história de vida e como estão vivenciando essa vitória. Ou seja, serão os atores principais de um texto bem humanizado, que traduza o cotidiano da UTT e sua gente.
ARTIGOS
- Desigualdade letal – 30/09/2021
